Parasita de Bong Joon Ho.
Parasita (Parasite), mais um filme coreano surpreendente! O longa recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019 por decisão unanime do Júri. No Brasil, será exibido na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e chega ao circuito comercial em 7 de novembro, com distribuição da Pandora Filmes em pareceria com a Alpha Filmes. Dirigido por Bong Joon Ho (“O Hospedeiro” e “Okja”), que também é corroteirista, o longa foi selecionado pela Coreia do Sul para concorrer a uma indicação na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2020.
Park So-dam como Kim Ki-Jung e Choi Woo-shik como Kim Ki-woo. |
A essência do filme
Literalmente, a narrativa mostra que os parasitas são organismos que vivem em associação com outros podendo retirar os meios para a sua sobrevivência, prejudicando o organismo hospedeiro. E foi dessa forma que a família de Kim Ki-taek planejou se infiltrar na mansão do bem sucedido Mr. Park.
Pois bem, para começar a história apresenta um olhar cômico sobre a luta de uma família desempregada tentado usar o WiFi de graça dos vizinhos. A oportunidade surge, quando um amigo de Kim Ki-woo lhe oferece um emprego como professor de inglês na casa de uma família rica.
A gente chega até pensar que a vida vai mudar para a humilde família. Mas o rumo da história toma um caminho totalmente descontrolado entre cenas engraçadas, tristes, assustadoras e carregadas de contrastes que a sociedade impõe entre as classes sociais. O que era visto como humor se torna inflamado e isso vai nitidamente virando uma bomba relógio para a família de Kim. Sem contar que além dos imprevistos, surge dentro da história a figura da antiga governanta gerando mais conflitos e uma tempestade de sobrevivência dos personagens. É um filme para assistir mais de uma vez.
Song Kang-ho como Kim Ki-taek. |
Sinopse
A família planeja mudar de vida a qualquer custo. Informações cedidas pela assessoria sobre o filme. |
Assim como nos longas anteriores do diretor, a crítica social está presente em Parasita, desta vez ainda mais forte ao questionar o estado da sociedade atual e a impossibilidade de pessoas de diferentes classes viverem juntas em um relacionamento simbiótico. E é a partir dessa premissa que Joon Ho definiu o título do filme: “há pessoas que esperam viver com outras de uma forma coexistente, mas isso não funciona, então elas são empurradas para uma relação parasitária. É um título irônico”, diz.
As duas famílias nesta história têm algumas coisas em comum, sendo ambas compostas por quatro membros, com um filho e uma filha. Mas, em suas vidas cotidianas, ocupam dois extremos completamente diferentes. Joon Ho define esses dois núcleos: “os Kim são uma família de classe baixa que vive num apartamento no subsolo, com apenas a esperança de uma vida comum. O pai falhou nos negócios, a mãe sonhava ser atleta e nunca conseguiu e o filho e a filha tentaram entrar para a universidade diversas vezes sem sucesso. Em contraste, a família do Sr. Park, que trabalha como CEO de uma empresa de TI e é workaholic. Ele tem uma bela e jovem esposa, uma linda filha no Ensino Médio e o filho pequeno. Eles podem ser vistos como uma família ideal de quatro membros entre a elite urbana moderna”.
Com PARASITA, o diretor quis retratar a contínua polarização e desigualdade da sociedade. “Estamos vivendo uma época em que o capitalismo é a ordem reinante e não temos alternativa. Isso no mundo inteiro. Na sociedade capitalista de hoje, existem castas que são invisíveis aos olhos. Nós tratamos as hierarquias de classe como uma relíquia do passado, mas a realidade é que ainda existem e não podem ser ultrapassadas”, explica.
O filme é em partes engraçado, assustador e triste e mostra as inevitáveis rachaduras que aparecem quando duas classes se enfrentam na sociedade cada vez mais polarizada de hoje. PARASITA leva o público a pensar. Um dos longas mais aclamados do ano, exibido em dezenas de Festivais, e uma aposta certa na temporada de premiações em 2020.
Assista o trailer
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Ficha Técnica
Direção: Bong Joon Ho
Roteiro: Bong Joon Ho, Han Jin Won
Elenco: Song Kang Ho, Lee Sun Kyun, Cho Yeo Jeong, Choi Woo Shik, Park So Dam, Lee Jung Eun, Chang Hyae Jin
Produzido por: CJ Entertainment
Produção: Barunson E&A
País: Coreia do Sul
Ano: 2019
Duração: 131 min.
Distribuição: Pandora Filmes e Alpha Filmes.
Distribuição: Pandora Filmes e Alpha Filmes.
Sobre o diretor
Nascido em Daegu, Coreia, em 14 de setembro de 1969.
Parasita é o sétimo longa do aclamado diretor Bong Joon Ho, depois de “Cão que Ladra não Morde” (2000), “Memórias de um Assassino” (2003), “O Hospedeiro” (2006), “Mother – A Busca pela Verdade” (2009), “Expresso do Amanhã” (2013) e “Okja” (2017).
O clássico moderno “Memórias de um Assassino” mergulha na investigação por trás de um conhecido caso de assassinato em série que nunca foi resolvido, representando o autoritarismo da época com sátira e perspicácia. “O Hospedeiro” tem como base o sequestro de uma jovem por uma estranha criatura que se arrasta para fora do rio Han, reinventando o gênero de filme de monstros e fazendo comentários sociais. “Mother”, a história de uma mulher tentando proteger seu filho de uma acusação de assassinato, é um retrato sombrio do amor maternal levando ao extremo, enquanto a ficção científica “Expresso do Amanhã” retrata os últimos remanescentes da humanidade num futuro congelado, devido ao excesso de esforço humano para deter o aquecimento global. E, finalmente, Okja é sobre a aventura de uma garota para resgatar um "super porco" geneticamente modificado, que foi criado por uma corporação visando aos fins lucrativos.
Conhecido por seu humor cortante, socialmente incisivo e distorção das convenções de gênero, Bong Joon Ho levanta questões sobre as instituições sociais e as desigualdades da sociedade com uma mistura única de humor, emoção e suspense. Nesse sentido, Parasita é um filme muito característico dentro do trabalho de Bong Joon ho, ao mesmo tempo que leva o diretor a evoluir para um novo nível.
Agradecimentos: Sinny Assessoria e Comunicação.
Agradecimentos: Sinny Assessoria e Comunicação.
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