43a Mostra Internacional De Cinema Em São Paulo.
A tão esperada mostra sobre cinema internacional chegou com muita força e um circuito de filmes imperdíveis. Veja as informações sobre o evento mais esperados pelos cinéfilos e admiradores.
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A 43ª edição da tradicional Mostra Internacional de Cinema fortalece o olhar para o cinema brasileiro. Apesar de os filmes de abertura e encerramento do evento que ocorre em São Paulo de 17 a 30 de outubro não serem nacionais, o primeiro é produzido por Rodrigo Teixeira e baseado no livro de Fernando Morais “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, e o segundo é dirigido por Fernando Meirelles. Outros títulos que levaram o nome do país para o exterior em festivais estrangeiros também fazem parte da programação, como quatro longas que serão exibidos no Theatro Municipal – A Vida Invisível, Abe, Babenco - Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou e Três Verões.
Neste ano, a Mostra exibe cerca de 300 títulos de variados países e estilos em mais de 27 locais, entre cinemas, espaços culturais, CEUS e museus espalhados pela capital paulista, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre.
Wasp Network, novo filme de Olivier Assayas, abre o evento no dia 16 em sessão para convidados no Auditório Ibirapuera. O longa, uma adaptação do livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais, foi exibido no Festival de Veneza e tem no elenco Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia e Wagner Moura, que participam da Mostra, assim como o diretor.
Wasp Network |
Assayas também ganha o Prêmio Leon Cakoff e uma retrospectiva: o evento vai exibir 15 títulos do diretor francês, entre eles Depois de Maio, Horas de Verão e Vidas Duplas.
A Mostra irá exibir o ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim (Sinônimos), a Palma de Ouro no Festival de Cannes (Parasita), a Concha de Ouro no Festival de San Sebastián (Pacificado) e o prêmio do júri de melhor documentário mundial no Festival de Sundance (Honeyland).
Honeyland. |
Meirelles também produziu A Grande Muralha Verde, dirigido por Jared P. Scott, que integra a programação. Protagonizado pela cantora mali Inna Modja, o documentário mostra uma jornada épica pela grande muralha verde africana.
O diretor palestino Elia Suleiman recebe o Prêmio Humanidade; seu novo filme, O Paraíso Deve Ser Aqui, premiado no Festival de Cannes deste ano,compõe a seleção do evento.
Kadosh. |
Berlim-Jerusalém, que completa 30 anos, e Kadosh – Laços Sagrados, que estreou há duas décadas.
O livro Em Tempos como Estes, com correspondências de 1929 a 1994 de Efratia Gitai, mãe de Amos, será lançado pela Mostra em coedição com a editora Ubu e o Ventre Studio com leitura de algumas cartas feitas por Bárbara Paz, Regina Braga e Gabriel Braga Nunes.
A Vida Invisível de Eurídice Gusmão. |
Neste ano, a clássica sessão na parte externa do auditório Ibirapuera, com acompanhamento da Orquestra Jazz Sinfônica, ocorre no dia 2 de novembro, com a exibição de O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, em homenagem ao centenário do filme.
O programa Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek traz os dez títulos mais relevantes produzidos pela Alemanha nos últimos anos; Mariette esteve à frente da German Films e atualmente é a nova diretora-executiva da Berlinale.
The Lighthouse (O Farol). |
O III Fórum Mostra irá promover discussões relativas à política do setor e questões ligadas aos processos criativos, além de explorar a relação entre palavra e imagem.
A Mostra apresenta três episódios diários de podcast, sendo o primeiro no dia 05 de outubro com a Diretora da Mostra Renata de Almeida, além de um ciclo baseado nos depoimentos à seção Memórias de Cinema, como os de Hector Babenco e Rubens Ewald Filho. O crítico de cinema também será homenageado
com a exibição de O Mágico de Oz, um de seus filmes preferidos.
Em comemoração aos 25 anos de exibição de Satantango na 18ª Mostra, o festival projeta versão restaurada do premiado longa de Béla Tarr.
A tradicional programação do Vão Livre do Masp incluirá Canções de amor, premiado na edição anterior do evento, o documentário Slam: A Voz do Levante e uma sessão de curtas de Georges Meliès, como Viagem à Lua, em comemoração ao Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual.
A Linha, do diretor Ricardo Laganaro, vencedor do prêmio Melhor Experiência Interativa no Festival de Veneza, integra a programação de filmes em Realidade Virtual. Neste ano, uma unidade móvel fará itinerância nos CEUs Aricanduva, Caminho do Mar, Meninos, Vila Atlântica, Jaçanã e no Centro de Formação da Cidade Tiradentes.
Três títulos em homenagem a Luiz Rosemberg Filho, morto neste ano, ganham projeção durante o evento: O Jardim das Espumas (1970), Crônica de um Industrial (1978) e Bobo da Corte (2019).
A itinerância promovida pelo Sesc ocorrerá em 12 unidades no interior paulista, de 09 de novembro a 08 de dezembro, com a exibição de 10 filmes. Em Campinas, o Instituto CPFL apresenta uma seleção da Mostra de 21 a 30/10.
Filmes que colocam o meio ambiente no centro da trama foram selecionados para compor a programação, como O Tempo das Florestas, Campo, Amazônia Sociedade Anônima, Wantoks: Dança de Resiliência na Melanésia e Movimentos de uma Montanha Próxima.
Formam o júri desta edição da Mostra a cineasta e atriz Maria de Medeiros, a produtora Xénia Maingot, o diretor e roteirista Lisandro Alonso e o diretor Beto
Brant.
Sobre o Cartaz
O pôster destaca a arte do cinema, afirma a artista. “Tudo começa na cabeça: as ideias, a parte da cenografia, o ator, quando lê o roteiro, pensa o personagem na cabeça dele. Por isso a cabeça é o centro. ”. É dessa cabeça descrita por Nina que nascem todos os outros elementos do cartaz: ela é composta de um olho azul e outro vermelho, que simboliza as antigas experiências com óculos 3D, e balões que saem deles, além de uma casa que lembra contos de fadas.
Agradecimentos a assessoria da 43.mostra. pelo material enriquecedor.
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